No início desse ano decidi comprar um celular bom, mas tinha que ser mais do que uma simples penteadeira, tinha que ser “o celular”.
A possibilidade do lançamento do iPhone no Brasil acabou adiando cada vez mais essa aquisição, porém quando o dito cujo foi lançado pelas operadoras brasileiras como artigo de luxo, percebi que aquele pedaço de vidro contorcido não valia nem a metade do que elas estavam pedindo.
Desde então comecei a procurar por celulares alternativos, não fazia questão de um smartphone, só precisava ser um aparelho bonito e útil.
Hoje encontrei o que parecia ser o fim destas buscas: Sony Ericsson F305. Além de possuir todas funções que eu precisava, ainda estava de graça em um plano de R$ 73,77 compartilhado com a Claro — tudo perfeito, se não fosse PURA ENGANAÇÃO.
Neste natal a Claro lançou a promoção “Compartilhar”, trata-se de uma imitação barata do plano “Pula-Pula” da BrasilTelecom, onde você paga em um mês e fica isento da franquia no próximo mês. O que não fica muito “claro” é que a promoção só é válida nos 6 primeiros meses e o plano de fidelidade é de 12 meses.
Na minha lógica eu ainda sairia no lucro, estaria ganhando um celular legal e me livrando da BrasilTelecom, pois aproveitaria a portabilidade para migrar meu número. Novamente tudo perfeito, se não fosse somente mais uma isca para pegar consumidores compulsivos.
Saí de casa e fui até a loja da Claro para ver o aparelho de perto e fechar negócio. Depois de escutar durante uns 15 minutos a ladainha do vendedor e ele pedir ajuda para uns 3 outros vendedores que não sabiam o processo da portabilidade, o mesmo me informou que após uma “análise de crédito” a Claro só liberaria o plano de 70 minutos (R$ 66,02/mês).
Perguntei o motivo e ele não soube me dizer, só mostrou que o sistema não liberou o plano de R$ 7,75 a mais por mês.
A minha dúvida é “Como uma análise de crédito rejeita uma pessoa sem restrições no SERASA/SPC e com uma renda bem acima da média?” e a minha resposta é “Bingo!”
Um sistema configurado para traçar um perfil de “mal pagador” ou com planos pré-definidos para cada faixa etária, ou ainda um truque comercial que evita que celulares sejam dados de graça para clientes com condições de compra-lo, que aliás foi a primeira alternativa que pensei pois só essa operadora oferece este aparelho.
Uma coisa tenho certeza, isso não ficou claro para mim e quando eu tiver um tempo vou ligar para a Claro solicitando uma explicação plausível.
Não gosto de ser tratado como um consumidor burro e compulsivo, por isso vou procurar este aparelho desbloqueado e usar na BrasilTelecom, onde pago uma fortuna por um plano que não uso e não tenho cobertura nem na minha casa, porém sou tratado com respeito.